adidas vai ter fábrica robotizada na Alemanha



Está cada vez mais próximo o dia em que os pares de tênis serão produzidos especialmente para você. ..



O recente anúncio da adidas de que pretende retomar a produção de calçados esportivos na Alemanha a partir de 2017, vai nesse caminho.


Há quase 20 anos a produção da marca é toda terceirizada na Ásia, onde emprega cerca de 1 milhão de pessoas.



A nova fábrica vai produzir praticamente tudo de forma robotizada.

Batizada de Speed Factory, algo como "fábrica veloz", essa unidade terá como objetivo suprir a demanda por pares adidas em países europeus, segundo revelou ao The Guardian o executivo chefe da marca, Herbert Hainer.

Com cerca de 5 mil metros quadrados, o que é um espaço reduzido para os padrões da indústria calçadista de massa, essa nova unidade, em Ansbach, sul da Alemanha,  vai colaborar com os esforços da adidas em entregar com maior rapidez seus produtos no Velho Continente.

Os trabalhos em Ansbach, de forma experimental, terão início ainda neste ano de 2016.

Uma segunda Speed Factory deverá ser anunciada para os Estados Unidos em breve.

Ainda de acordo Hainer, inicialmente essas fábricas não vão substituir as plantas asiáticas.

Os preços dos calçados dessas futuras fábricas se manteriam nos níveis atuais dos feitos no Oriente, conforme Hainer.

Embora o tema não tenha sido abordado pelos executivos da marca no anúncio da Speed Factory, as linhas de tênis "mais caras" devem ser as fabricadas pelas máquinas em solo europeu inicialmente.

adidas FUTURECRAFT


Não é de hoje que a adidas ensaia a automatização da sua produção. No último ano (2015), a marca divulgou  exemplos do que as máquinas podem fazer em se tratando de calçados esportivos (confira vídeos).

Além de "máquinas de costuras" informatizadas, outra alternativa seria o uso de impressoras 3D para a composição dos produtos, como as entressolas, no programa que ela chama de Futurecraft.

A automação deverá transformar as fabricas em espaços cada vez mais reduzidos. Talvez do tamanho de uma grande loja de shopping. Nela, o consumidor teria o pé escaneado e escolheria o modelo,  materiais, cores etc.

Enquanto o comprador vai dar um passeio, tomar um lanche ou assistir um filme, o calçado é fabricado nessas oficinas do futuro. Na volta, ele pega o seu par. Essa seria uma realidade para o consumidor já possível hoje, mas que deve ser relativamente comum nos anos de 2020.







adidas bate recordes de venda


A Speed Factory vai ajudar também nos esforços para aumentar a produção de pares de tênis. Isso porque a marca tem que suprir os mercados onde vem crescendo de forma assustadora. 

No primeiro trimestre de 2016, as vendas dos produtos adidas foram cerca de 30% maiores nos Estados Unidos e Europa, por exemplo, no comparativo com o ano de 2015. 

Esse aumento nas vendas resultou num faturamento 17% maior na comparação entre os mesmos períodos de 2015 e 2016, com o adidas Group faturando US$ 5,5 bilhões (R$ 19 bilhões).

O grupo produz anualmente com o sistema de terceirizados cerca de 300 milhões de pares e, pelas contas dos seus executivos, precisaria crescer em 30 milhões a produção deles a cada ano para suprir a demanda crescente por seus produtos.

Com informações do The Guardian





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