A New Balance se orgulha de manter grande parte da sua produção nos Estados Unidos. As outras fabricantes, como a Nike, produzem na Ásia quase todos os seus modelos. Daí o "orgulho" da marca do 'N' em ser rotulada como a anti-Nike.
Ambas, Nike e NB, nasceram para o mundo nas maratonas e nas corridas de pessoas comuns. Mas insistem que percorrem caminhos diferentes.
Outro diferencial em relação à Nike que a New Balance costumava ressaltar, é o de que a empresa não investia grandes fortunas em personalidades
do esporte e do entretenimento para que elas usassem seus produtos.
Propaganda da NB da década de 90 exaltava o personagem anti-sistema |
Em 2015, a política de vender um estilo despojado e desconectado do marketing tradicional parece que foi deixada de lado.
Essa mudança de rumo fica clara no contrato de quatro anos que
fechou para fornecer material e ter direitos de imagem do Liverpool, da série A
da Liga Inglesa.
A cifra envolvendo a negociação com o time da cidade dos Beatles
seria de nada menos do que R$ 1,5 bilhão, segundo reportagem do britânico Daily Mail.
Tudo para crescer numa área em que a NB é quase uma desconhecida: o futebol.
É o fim da filosofia da marca que já teve como slogan ‘Endorsed By no One' (Representada por Ninguém) que, em resumo, diz o seguinte: um bom produto vende por si só, sem a necessidade
de garotos-propaganda.
Essa é a direção certa? Os números da NB parecem dizer que sim.
A empresa faturava US$ 220 milhões em 1995, quando ficou famosa no mundo, e fechou 2014 com US$ 2,75
bilhões.
Ou seja, cresceu 13 vezes de tamanho em menos de 20 anos.
Mas deixemos os números frios de lado. Vamos às lendas e
glórias da New Balance.
STEVE JOBS
Steve Jobs (1955-2011) foi talvez o maior garoto-propaganda acidental da
marca.
Mesmo mantendo contratos entre Apple e Nike, Jobs desfilou
por anos a fio com o seu New Balance 991 e depois 992 em tons acinzentados.
Bill Clinton também deu sua contribuição ao realizar suas corridas sempre com um modelo 1500 nos pés desde dos tempos em que era presidente dos Estados Unidos.
Na atualidade, os produtos da empresa podem ser vistos em filmes como nos figurinos de Gone Girl, com Bem Affleck, e Ted 2, com Mark Wahlberg.
Confira fatos marcantes em quase 110 anos de história da New Balance
1906 – O garçom inglês William J. Riley ganha em Belmont, Massachussets (EUA), reconhecimento por fabricar palmilhas para pessoas que trabalhavam muito tempo em pé, como policiais, bombeiros e, claro, garçons.
Diz a lenda que o nome New Balance surgiu após Riley examinar o movimento das galinhas no quintal da sua casa.
Os três dedos dos pés das aves o inspiraram a fabricar uma palmilha com três apoios nos arcos dos pés.
1938 – Lança os primeiros sapatos esportivos para corrida, feitos sob medida.
1960 – Lança o Trackster (ao lado), o primeiro tênis para Running, com grande amortecimento, em larga escala.
1971 – Após dez anos de sucesso, a NB entra em decadência, quase fecha as portas e é comprada por Jim Davies pela bagatela de US$ 100 mil. Começa a segunda onda de crescimento.
Propaganda de época do 320 da NB |
1973 – O barbudo Tom Fleming ganha a Maratona de Nova York com um modelo 320 (foto acima) da marca e a NB volta à elite dos calçados esportivos com toda a pompa em 1976 com o mesmo 320.
Série 990 trouxe a New Balance de novo para os holofotes na década de 1980 |
1980’s – Nessa década, chega a expansão mundial com modelos da série 990, que se tornaram febre entre os corredores de todos os continentes, entre eles como 996, 997, 998 (foto acima) 999, 1200, 1500 e 1600.
1989 – Lança o NB 1500, o primeiro tênis a custar mais de US$ 150. Celebridades de todas as áreas passam a usá-lo e a marca ganha ares fashion.
1990’s – Colhendo o sucesso dos anos anteriores, a empresa faz seguidas aquisições de outras calçadistas, entre elas a Dunham Bootmakers, de esportes outdoor como alpinismo e montanhismo, e se consolida com uma das grandes dos calçados esportivos.
1990 – Lança o NB W997 (acima), primeiro modelo especialmente desenvolvido para mulheres
1990 – Ainda nesse ano, com um NB RC 110 Racing Cup nos pés, o marroquino Khalid Khannouchi quebra o recorde mundial de maratona com o tempo de 2:05:41 em Chicago.
2006 – A New Balance comemora o seu centenário com a linha CLASSICS, com releituras de cinco clássicos dos anos 1970’s.
Era tudo que precisava a New Balance para ganhar o selo de marca rainha do sneaker vintage.
A marca vira a referência dentro desse universo retrô que vem dominando a moda desde então.
Somente na França, Itália e Japão, as vendas aumentaram 70% com a linha
clássica de aniversário de 100 anos.
As outras marcas começaram a correr atrás.
As outras marcas começaram a correr atrás.
2008 – Inaugura o Sports Research Lab, de desenvolvimento de tecnologia para calçados, a exemplo de outras marcas.
"New Balance Creative Contest" ; peça publicitária do concurso que levou fãs a colorir os sneakers do "N" |
2009 – A marca inova mais uma vez e lança um concurso mundial, o “New Balance Creative Contest”, para resgatar o estilo “young” e “cool”.
Mais de 600 pares de cada estilo de ‘arte’ enviados pelos fãs da marca chegaram ao mercado.
2012 – Lança o 1080 V2, Running com sola de borracha e injeção de nitrogênio na entressola e menos de 300 gramas de peso.
2014 – Fresh Foam, linha baseada no movimento de 3000 corredores analisados em seu laboratório, entre profissionais e amadores, chega ao mercado.
2015 – A New Balance decide tirar as cartas da manga no Verão do Hemisfério Norte e lança mais de 40 modelos de releituras e collabs dos seus modelos icônicos mundo afora.
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