A Puma lança a sua coleção de Black History Month (BHM) americano de 2016, o equivalente ao Dia da Consciência Negra aqui. Com o detalhe de que lá dura um mês inteiro. O Puma Suede, mais uma vez, é o destaque. Saiba o porquê nesse post.
BHM
Prática comum no mês em que a História Negra é lembrada, produtos em homenagem à trajetória afro-americana chegam em fevereiro às lojas, assim como protestos às ruas e debates às universidades.
A Puma não deixa barato e faz questão de marcar a antiga relação que tem com esportistas negros americanos.
E quando se fala nessa relação, surge Tommie Smith, que eternizou o gesto dos "Black Power" no pódio dos Jogos Olímpicos da Cidade do México de 1968.
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Puma Suede com caracterização e cores que remetem à Africa e às vitórias dos atletas negros americanos |
BLACK POWER
Smith venceu os 200 metros livres da competição, batendo seu companheiro John Carlos, seu rival, que chegou em terceiro.
No pódio, os dois vestiram luvas negras e ergueram os punhos em sinal de protesto contra a segregação racial nos Estados Unidos.
O gesto era característico do Black Power, dos Panteras Negras, grupo mais radical na luta contra a segregação.
Tudo em meio ao efervescente 1968, ano em que o pastor pacifista Martin Luther King foi assassinado em meio a sua campanha pelos direitos civis dos negros e de outras minorias.
Descalço, Smith deixou no pódio, logo atrás de si, o seu Puma Suede, lançado naquele ano. Carlos fez o mesmo. As medalhas de ambos foram cassadas e eles, expulsos dos Jogos.
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A segunda versão do clássico Puma Suede do BHM 2016 tem o cabedal com estampas comemorativas |
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SK II Hi do pacote. Cano alto e tiras de velcro; convite ao basquete no Black History Month 2016 |
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Detalhe do calcanhar do Puma Suede BMH 2016; todo trabalhado em estampas multicoloridas |
Imagens Via Puma
DIREITOS HUMANOS
Smith e John Carlos eram fundadores do Olympic Project for Human Rights.
Essa organização lutou contra a discriminação racial nos Estados Unidos e no mundo.
Junto com outros atletas, eles decidiram boicotar os Jogos da Cidade do México.
Só iriam competir se tivessem atendidas reivindicações como a presença de mais técnicos negros na delegação americana.
Queriam também a renúncia do membro do comitê norte-americano, Avery Brundage, tido como racista.
A mais importante reivindicação foi a de que países que tinham regimes segregacionistas, como Rodésia e África do Sul, fossem expulsos do Comitê Olímpico.
Foram atendidos nessa última, e o boicote, suspenso.
Olhando o que os atletas de hoje realizam no mundo, há quem diga que eles são muito influentes. Talvez porque muita gente não conheça ou não se lembre de caras como Tommie e Carlos...
Se você quiser saber mais sobre esse acontecimento, pode conferir esse curta-documentário abaixo, infelizmente sem legendas ainda.
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